Sinto-me como Álvaro de Campos, pretensamente, escrevendo os últimos versos de a Tabacaria. Esboçando, entre tudo, o desconserto. Tenho, paradoxalmente, esperança. Sinto que tudo deve ficar bem em algum momento. Isso já ocorreu uma ou duas vezes.
As sensações do mundo passam por mim. Sou um universo pelo qual momentos de minha vida fluem. Assim que me dou conta disso, acordo para as coisas que acontecem ao meu redor. Tenho sono.
O tempo passa. Muda minha sorte em um dia, rumo ao que eu nunca pensei ter razão de ser.
Sonhei um dia ser arquiteto. Traçar retas e curvas. Atraio-me por estas, tal qual Niemeyer. Fiz esboços de prédios. Desenhei árvores, como se pudesse recriá-las. Terminei por cursar engenharia. Queria provar para mim mesmo que eu era capaz de conseguir. Desisti após algum tempo.
Nesse exato instante, espero pela segunda parte de uma aula que versa sobre Teorias Avançadas das Relações Internacionais. Finjo que sou quem eu gostaria de ser, enquanto escrevo essas palavras na ausência de ouvidos e coração para darem por entendido o que eu tenho a dizer.
Por fim, do que vivi, não guardo arrependimentos. Sinto-me feliz por ser.

Arthur Meibak

1 comentários:

Ví que retomou o blog. Ótimo texto. Bom mesmo. Os sonhos. Nunca deixe de acreditar neles, mas acima de tudo acredite em você. A jornada parece tão longa e a vida é curta. Você tem o dia de ontem como exemplo, o de hoje para traça metas e por os planos em prática e o de amanhã para viver as conquistas. Espero ter a oportunidade de ler mais textos como esse, cheios de inspiração. Beijos


Arthur Meibak

Sobre este blog

Sei da eterna necessidade de questionar. Aqui isso se dá, obviamente, sob a ótica dos meus olhos. O resultado são linhas que versam a respeito do que vivencio. É, pois, a crônica dos meus dias, que possui inegavelmente um viés, fruto do que sinto e do que vejo.

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