Estive nesse lugar algumas vezes antes. Nesta mesma aresta não aparada por quem quer que se veja envolvido em um momento de hesitação. A morte incumbe medo em cada pedaço da semiótica a esse tanto de letras atrelada. De certa forma, morremos sem perceber por sete ou oito vezes ao dia. Pois, se damo-nos conta disso, tememos invariavelmente.
Não sabemos o que significa acabar, apesar do fato de que acabamos de forma indubitável. Quando me dou conta disso, sofro como quem sequer conseguiria, em um momento hipotético, deixar quem quer que seja para trás.
Sou isso, assim. Encontro um grande número de definições acerca de como agem ou são as pessoas. Invejo-as pelo simples fato de serem como são, enquanto me esqueço de que, analogamente, sinto necessidade de trabalhar por horas e horas a fim de conseguir algumas moedas com gravuras desconhecidas nelas rabiscadas.
Sinto indigência de dormir por quatro horas à noite, uma vez que há coisas de fato importantes para serem resolvidas em um cubo de dois metros de largura por dois de comprimento, com uma tela de computador ligada, mostrando os rumos que tomo ao gastar metade da minha vida sofrendo por causas outras que não as minhas, enquanto ser que respira e possui aspirações grandiosas como qualquer folha caída no chão.
Conheço dor. Sinto ausência, ao passo que me chutam a fim de buscarem felicidade ou algo que valha isso. Justamente humano. Temos desejos. Temos direitos, de fato, não reconhecidos por documento algum. Somos compassivos. Agimos incontestavelmente como tal.
Liberto-me - ou intento isso - de todos os disparates inerentes à forma que tomamos para viver.

Arthur Meibak

2 comentários:

uau alguém precisa beber! rs

gostei dos textos, arthur meibak. já tem até nome de dotô.

q nd, vc acha q eu escrevo sóbrio? uaehueah

to esperando o rolê d sexta, ein! =]


Arthur Meibak

Sobre este blog

Sei da eterna necessidade de questionar. Aqui isso se dá, obviamente, sob a ótica dos meus olhos. O resultado são linhas que versam a respeito do que vivencio. É, pois, a crônica dos meus dias, que possui inegavelmente um viés, fruto do que sinto e do que vejo.

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