Eu quero correr o mundo, ver o Sol morrer e nascer em todos os lugares que eu puder. Quero cantar os encontros e desencontros da vida, contar as horas para ver você chegar. Quero ir embora, voltar, olhar para trás e sorrir. Quero o dia que está por vir. Quero correr perigo.
Apesar de ser a maior de todas as minhas idealizações, viver o mundo talvez seja a menos ideal. Meu rumo é longe daqui, é perto, são ambos. Tudo ao meu redor parece distante. Então, são duas as proximidades que eu busco: Por um lado, há todo o mundo físico para eu alcançar. Por outro, pessoas.
Sinto-me ao mesmo tempo entregue a tudo e a mim mesmo. Eu costumava ter vontade de permanecer por anos, de aportar em colo seguro, eterno. Hoje eu quero ficar por meia hora e ir, abrir os olhos da saudade e partir. Quero durar apenas o suficiente para eu ser relevante.
Quero todos os motivos para me lembrar e para lembrar. Atiro-me em cada um dos amores. Faço deles razão de ser sempre que eu posso – às vezes o resguardo se faz necessário. É preciso também aprender a olhar sem rancor para o passado e aceitá-lo; perceber que as promessas de amor incondicional foram sinceras, apesar de a música sempre acabar.
Eu aceito tudo o que aconteceu em mim até agora, dos sorrisos aos sofrimentos. É assim que eu me preparo para o mundo, para percorrê-lo. Sou eu o responsável pelo que eu sinto. Não tenho o direito de atribuir essa responsabilidade a mais ninguém.
Quero correr o mundo, correr perigo. Assumo o risco.

Arthur Meibak


Arthur Meibak

Sobre este blog

Sei da eterna necessidade de questionar. Aqui isso se dá, obviamente, sob a ótica dos meus olhos. O resultado são linhas que versam a respeito do que vivencio. É, pois, a crônica dos meus dias, que possui inegavelmente um viés, fruto do que sinto e do que vejo.

Minha lista de blogs

Seguidores